quarta-feira, 5 de junho de 2013

Preso pensamento...


Sensível e tão brutal, folha seca voando no vendaval,
um murro, dor de alguns segundos, amor e ódio absurdo,
em fusão com o fuso, confuso com o tempo e o mundo,
distante de tudo, pulando muros, barreiras do submundo.

Um velho que se faz novo, e de novo por horas se torna velho,
como um único e infinito universo, resposta para um dia de tédio,
eu atesto, crio utilidade com o que detesto, aproveito do resto,
amor é sexo, putaria em excesso?  Preconceito contra protestos.

Falando ou escrevendo, pensando ou até mesmo lendo bem lento,
sinto que não sinto nada, meu coração esta frio como uma nevasca,
perdi tempo pensando em palavras, mas as rimas nunca ficam travadas,
leves como o vento, rápidas como o tempo, são as linhas do pensamento.

Escrever um livro e depois rasga-lo, viver sem se importar com semanas e horários,
momentos trágicos, escrevendo com um pedaço de tijolo velho e quebrado, saco!
Mais um mês dentro de um buraco, perdido olhando para todos os lados do quadrado, fazendo círculos com os olhos, tentando enxergar o que todos pensam que é errado... 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Um tempo para parar o tempo...


Perdido em dolorosos segundos,
ser um nobre ou um vagabundo?
O que significa ser alguém no mundo?
Será que há alguém olhando mesmo tudo?

Perder a fé, e se abrigar para não brigar,
deixar de tentar ser e finalmente mostrar,
fique feliz, nunca vai ser pecado chorar,
sinta o prazer de ser nada, mas com a alma.

Uma simples luz, como um simples conselho,
as estrelas refletidas no espelho de seus olhos,
lavados por ódio e dor, curados com o perdido amor,
guerras que proclamam a paz, morte para os leais.

Se tudo fosse como num sonho, acordar seria morrer,
abrir os olhos e ver tudo desaparecer sem você ter,
escapar do irreal, e ver que o mundo é um total absurdo,
buscando sentido, aguçando os instintos, a morte traz o mito...