quarta-feira, 20 de junho de 2012

Talvez num belo futuro...



Daquele jeitinho,
bem de fininho,
eu vou, vou indo,
fugindo de seu sorriso,
prefiro ficar sozinho,
mas queria seu carinho,
sabe o que eu sinto?
Você sabe se eu minto?


É confuso meu caminho,
andar contando moinhos,
o vento sopra o destino,
passa a resposta pelo instinto,
ligeiro mocinho, santo espertinho,
as meretrizes e seus peitinhos,
até parece que peco sozinho
orações ao divino simplíssimo.

O mundo de certos e errados,
e nem sempre eu fico calado,
nos dois deitávamos no quarto,
mundo nosso de quatro lados,
conversávamos sobre o passado,
planejávamos o futuro lado a lado,
mas eu escolhi errar do jeito certo
para inspirarem meus velhos versos.

Ser louco sem saber qual é o gosto,
ser normal, também ser bom moço,
ah desgosto.
Pra tudo um tudo,
problemas absurdos,
falta de amor no mundo.
Eu matuto, planto meus simples frutos,
quem sabe te encontro num belo futuro... 



sábado, 16 de junho de 2012

Desejo ter desejos...


Ao desejar-te em meus sonhos, sempre estas nua
Teu corpo não é perfeito, mas cobre meus anseios
Erotismo é minha forma de desejo, arrepiar teus pelos
Tocando-te com a ponta de meus dedos em teus seios

Fazendo-te gemer baixinho, sussurrando em meu ouvido
Fazendo amor, praticando sexo, não sei se isso é certo
Mas se não for, eu peço perdão a Deus, pois sempre peco
Sou humano, eu também erro, mas no amor eu me desperto

Sexo selvagem, nada de preconceitos, isso tudo é bobagem
A arte da malandragem, escrever uma estória sem pular partes
Somente com o desejo de tua carne, sou canibal em certa parte
O tempo passa mais rápido quando estou ao seu lado tendo orgasmos

No primeiro beijo já quis tocar os teus seios, puxar teu cabelo
Sai do transe e senti medo, você quis ir, e eu disse ainda é cedo
Se tu fores como eu penso, irá fazer parar o nosso inimigo tempo
Iremos nos amar até o sol raiar, até nossos corpos ficarem tensos... 

ENILA²


Um dia eu te expliquei,
e isso pra mim eu gravei
Expliquei-te, o que eu sei.
A forma que sempre pensei.

Eu confesso, eu já te neguei,
mas não foi assim que sonhei.
Não posso fazer voltar o tempo.
Não posso apagar meus erros.

O que eu aprendi nunca vai ter preço.
Até hoje por ti tenho enorme apreço,
aprendi a conter o meu grande desespero,
seu amor me fez sorrir em frente ao espelho.

Todos os dias eu procura sentir teus beijos,
pois, depois que perdi eles aprendi a andar direito.
Caminhar rumo ao epicentro, sem ter nenhum medo,
Cortejando o meu conhecimento e acertando com os velhos erros... 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Versei...



Fúria e luxuria, amor e desenvoltura.
Cobiça, ganância, loucura sem cura.
Fruta divina e pura, longas tonturas,
sair do espírito santo é coisa absurda

Sou do mundo, pois sou filho do universo.
Universo paralelo, não entra família ou credo.
Sozinho eu faço meus confusos e eternos versos,
gravados em minha alma, gravuras em alto relevo.

Como dizia Tim Maia, “Eu quero é sossego”.
Deitar sem se quer usar lençol e um travesseiro,
onde as pessoas não dependeriam de dinheiro.
Só sonhariam em ser bons amigos e companheiros

O mundo está amaldiçoado, e eu também como filho do mesmo.
Mas eu não aceito, eu ainda sonho em acabar com os pesadelos,
Tornar meus sonhos verdadeiros, realizar todos meus desejos.
E se eu falhar? Quem sabe um dia alguém continue o que não terminei... 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ondas minhas...





Místico, lírico, difícil de ser compreendido.
Ao caos em meio à busca da perfeição sagrada,
que sangra, que sana, alçapão de mente insana,
recriminam quem ama, mas pensam ao deitar na cama.

Expandir a mente com apenas algumas sementes,
inovar o modo de pensar para modo livre e descente.
Sentir a brisa do vento e esquecer o maldito tempo
Para achar o paraíso? Tem que se abrir o coração para senti-lo.

Ainda acho minha chave, e prometo a você rapidamente abri-lo.
Não ia colocar a palavra “Minha”, mas daí a poesia ia parecer
não sendo tão “intima”. Estranho nos acharmos estranhos, não
posso esquecer-me dos que se acham anjos e santos.

Eu ao menos agradeço, eu ainda desobedeço, mas eu sou alheio.
Quem me julga, nem se quer perturba minha primata loucura.
Se pensar em tentar secar a minha forma de amar, uma guerra
a si próprio ira armar. Ondas minhas ainda continuam a me afogar... 



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Enquanto isso...



Grotesca saliência de vossa sapiência
Cabeça gigantesca de nossa natureza
Raízes cruéis não aceitam todos os fieis
O mundo quer que ajoelhemos aos seus pés

Ajoelhar, só se for pra continuar a caminhar
Sem destino, sem noção de perigo, sem abrigo
Sem nada e com nada, força, fé e foda-se a estrada
Caminhos da mente de uma longa e difícil jornada

Vou ter que parar de dar minhas risadas sarcásticas
Em um mundo onde as idéias novas são metralhadas
Guerras urbanas de pensadores, quem vence é a ignorância
Maldita herança que a antiga liderança sempre explana

Mas quem já esteve na lama, sabe quem é que realmente engana
Odeio pensar de forma profana, agradeço a Deus por perdoar a quem ama
Penso e não existo, se incomodam? É fácil, censure todas as criaturas
Não deixem que pensem de forma absurda, afinal, já se foi à ditadura... 

sábado, 2 de junho de 2012

"Um punhado de erva"...




Como grão de areia escorrendo pelo vão dos dedos
Os dias se passam e não vejo tristeza em meu leito
Quando me deito apago, pisco os olhos só em sonhos
Confuso pensamento medonho, mas nunca tristonho

A historia faz parte da estória, é só mudança de escrita
Vice e versa, fabulas de vidas sinceras, real e discreta
Secreta, o mistério que corre nas veias trazem sequelas
Jamais imaginaria que milhões de pessoas viveriam novelas

Fico triste pela realidade do vice e versa, resposta certa?
Não complico, o sentido figurado sempre será meu amigo
Enxergai com os olhos cruéis de nossos sinceros fieis
O dizimo realmente deixa a pessoa mais forte de espírito?

Não fazemos arte, nós somos a arte, admirando o fim de tarde
Olhemos pra cima, oremos, pois temos tantos dias de nostalgia
A planta carnívora chamada ser humano, por que sempre pecamos?
O que é pecado? Nunca vamos saber se só sermos eternos calados...