sábado, 28 de março de 2015

Improvisador, improvisa a dor...

Não sou pássaro, mas tenho pena,
me atormenta a dor que só aumenta,
minha raça esta na caça da mais fraca,
tanta coisa errada e a cidade fica calada.

Minha poesia esta sendo depenada,
por carnívoros neurônios em retirada,
indo para o nirvana, morte minha amada,
me leve junto, mas me leve de mãos dadas.

Amor é mera palavra, forma que é abstrata,
destruída por arrogância em mente criada,
jeito diferente de ver a realidade desastrada,
na estrada ilusória eu vou a pé, fé na caminhada.

Triste mundo perdido em nádegas, seios e farsas,
felicidade faz pose, a falsidade sorri para a vaidade,
falo a verdade, não sou o senhor, sou malandro sonhador,
faço versos por amor, com amor, sou um eterno improvisador...

domingo, 15 de março de 2015

O amor matando o ódio...

Individuo andarilho, desde pequeno simplício,
hoje vinte e sete, atesto que a poesia é a peste,
comprando pão quando criança, o troco é de chiclete,
aprendi desde cedo o que é norte, sul, leste e oeste.

Vi idoso catando papelão, juntando latinha do chão,
vi mendigo pregando crença com um corote na mão,
vi o que o álcool em excesso faz com um bom irmão,
vi e vejo a sociedade perdida na verdade do sim e do não.

Senti a futilidade e escrevi sobre ela, me curei da sequela,
viajei pra sentir, e tive que sentir pra viajar o poder do rimar,
sofri quieto tentado a gritar, escrevi sem ter a noção do poetar,
sobre o luar, sobre o sereno, nascendo mais um dia interestelar.

Caminhando chutei latas nas ruas, verso sobre minha verdade nua,
sem pudor, mas com amor, são os versos de um andarilho sonhador,
a poesia caminha sem pernas como a minha mente voa sem pressa,
meu mundo, seu mundo, a diferença é que por aparência eu não me iludo...


quinta-feira, 5 de março de 2015

Poesia e perda se combinam...


Dor e tristeza, meus olhos lacrimejam por dentro,
nunca saem gotas, mas a dor causa intenso pavor,
seja como for, seja aonde for, seja sempre amor,
faça o favor em ser um favor como uma pura flor.

Perdi uma letra do meu coração, e pra ti fiz uma canção,
canção que se ouve com a alma e não com nossa audição,
razão, a vida e a morte nunca entram em uma conclusão,
quando perco, perco me em sentimento, em nova sensação.

Poucos segundos para o cérebro entrar em um novo mundo,
tudo por causa da intensa subtração de um sentimento profundo,
apego pela alma de outro ser biológico, tao raro e tão ilógico, confuso,
tristeza misturada a saudade do que não se teve, cria cor acinzentada em tudo,

Poesia se torna triste e nem fica mais versada, quase calada, cabisbaixa,
a triste historia da vida contada de maneira seria pela velha felicidade,
novo sentimento de vazio, até que chegue o final de meu próprio pavio,
assim eu vou me equilibrando em um fino fio da vida de quem me sentiu.