sábado, 24 de dezembro de 2011

"SóMente"


O que me infesta é o que desinfeta
A alma suja de um ser que é poeta
Sou eu o rapaz que quer mudar o mundo?
Sou o inútil, o absurdo, um fraco imundo

Olho para meus olhos sem precisar de espelhos
Vejo um mundo imenso, cheio de tormentos
O desespero reflete nesse espelho, são meus olhos?
Eu nunca fui bom, mas serei bom a quem gosto

Os que eu não gosto sinto raiva, mas me importo
E isso quer dizer que sempre te darei meu colo
A força da força é o que me afronta, me soma
Eu faço, desfaço, refaço, chego e me amarro

Estou preso nos versos que estão parados
Na linha do tempo, só me movo quando há vento
Eu sinto a brisa e logo surgem os pensamentos
Escrevo, e te ofereço esse meu eterno berço...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Só dois tragos e o estrago...



A cada passo é um estrago
Perco-me em vários pecados
Entre traços, linhas e tragos
Moldo-te como um belo vaso

Escultura na mente eu faço
Sua forma princesa, eu laço
Só acredito se forem fatos
O amor me deu um abraço

Se foi e nem sei com que foi
Só sei que um maluco yo soy
Não espero, mas eu te quero
Natureza volte para meus versos

Aqui meu tempo é eterno
Sou malandro e uso terno
Tento andar no lado certo
Os erros me fazem ir reto...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Escrevo para sentir vocês...



Das entranhas do mundo
Sou menino, sou maluco
Eu brinco de ser graúdo
Sou fraco, mas não fútil

Eu finjo bem ser absurdo
Só não gosto de ficar mudo
Eu me calo ao teu gerúndio
Ramificação e seus fluidos

Não verso ao inverso de ti
Eu oro e peço para ser feliz
Ao teu lado vai me sentir
Não entendo o final assim

Compulsório e obrigatório
Eu sigo o tempo contraditório
Eu sou o centro desse auditório
A mente faz show ao ilusório

E ainda rolam pedras da ribanceira
Em meus sonhos caem na cabeça
Às vezes tonteia, até mesmo chateia
Eu sigo o instinto da mãe natureza...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Você aqui dentro...



Lá naquelas águas de lagrimas
Vi-te sorrindo de coisas chatas
Percebi teus erros e teus acertos
Eu sou o teu errado e tenho medo

Largou-me aqui sozinho para nada
Descobri o significado da vida chata
Sonhei acordado em ser teus sonhos
Hoje vejo como fui um pobre tolo

A cada mergulho que dou em palavras
Os versos saem de forma triste e abstrata
Ainda estou em pé, sou teu Zé, tu me quer?
O ninguém que escreve por amor e fé

Espero-te, te quero, nem sou daqui, certo?
Acho que nem mesmo existi em tal credo
Creio no meu senhor universo, rico e belo
Inspiração eu sinto caminhando nesses versos...

Lá para o poente eu escrevo, crio calos nos dedos
Sempre confessei que sou imperfeito e aceito
Sinceramente, meu batimento do coração é tenso
Paro para pensar em parar, mas vejo-te passar

Deixar-te-ei ir e caminhar para seu tão valioso lar
Onde a morte também vai chegar e te abraçar
E nem lá vou poder estar, muito menos te amar
Nem simples orar, Nem calmo eu te amo falar...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Iluminado por letras...



 Com afago me afogo
No poço do desgosto
Contorço-me e corro
Sou verme, sou nojo

Parasita da própria vida
Ando a noite e de dia
Jamais a mente esvazia
Transbordo demagogias

Verso criado na esquina
Onde meu eu ali morria
A minha morte morrida
Palavra sem nexo fazia

Expliquei que sei confundir
Apenas pra ganhar teu sorrir
Se fingir, mentir, tu irás cair
Eu sou o precipício do fim...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Palhaço fantasma...



Eu sou um fantasma
Que se abriga na mata
A natureza me afasta
Da vida odiosa amada

Eu calado sou falado
Eu sou e fui debochado
Cansei-me de ser torturado
Pensamentos maltratados

Eu falo, pois eu me acho
Perdido amarrando cadarço
Tropecei e cai de quatro
Senti-me animal forçado

Meu cérebro nunca fica parado
Eu enjôo de palavras e quadros
Vejo-me um bobo sempre pintado
A vida me deu nariz de palhaço...

Dor do amor...



A dor que me faz chorar
Lagrimas fazem-me sarar
Eu não enjôo de caminhar
Indo e vindo para te buscar

Escrevo para querer alimentar
Esse amor que vou conquistar
Chorando eu digo que odeio amar
Contraditória e louca forma de pensar

Lagrimas de amor me fazem voar
Falar de raiva nunca me fez flutuar
Eu digo e repito um dia irei te encontrar
A beira mar, espinhos não vou encontrar

Tento e me tento, mas ainda não me contento
Um dia escreverei sobre a pura brisa do vento
Só de imaginar a maresia já me perco no tempo
Eu ainda vou ter um abraço e um sonhado beijo...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

100 Palavras...



Perdido dentro da onde se encontra
A mente é algo que não se confronta
Amor eu sinto e a raiva sempre afronta
A musica da vida aqui dentro ecoa

Faço o que quero e não choro em versos
Sou fraco, sou pálido, às vezes sou calado
Poesia sincera na mente eu sempre faço
Quero alcançar o infinito com apenas um salto

Chegar ao mais alto, encontrar o tempo
Dizer que perdi o mesmo para chegar inteiro
Aqui e ali, um dia de meus versos eu vou sair
As atitudes eu tentarei fazer sempre evoluir

Uma palavra é a forma de desejar um desejo
As atitudes vão concretizar nossos pensamentos
Minha mente já desejou tantos e tantos beijos
Minhas atitudes são contra as palavras que me bloqueiam...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mente aberta...



Eu não corro, eu não fujo
Sentimento do mundo sujo
Triste eu falo, feliz me calo
Nunca gostei de usar sapatos

Odeio o social, sou muito animal
Sinto-me preso e sou forçado a tal
Remédio da natureza, eu amo o natural
Ainda vou ai, só pra poder te sentir, que tal?

Permissão pra entrar e nunca mais sair
No teu coração eu escrevo sem mentir
Se sentes minha mente, então é crente
Sinta minha alma da forma mais quente

Sou vivo e vivo, admirando teu brilho
Quero ser teu amigo, nada mais que isso
Não sou carente e nem mesmo atraente
Mas amo escrever o que sinto na mente...


Minha sina...


Lembre-se do mar
Meu jeito de amar
Eu desejo sonhar
Viajar e encantar

Pensamento curto
Versos em surtos
Rimas eu confundo
Universo absurdo

Triste essas deixas
Alegria em cenas
Simples e obscenas
Tesão nestas letras

Poesia me excita
Completa e ensina
O mestre já dizia
Poesia é arte, é vida!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pichando o coração...



Entre grafites e pichações
Algumas doses de emoções
As loucuras sem razões
Conquistam nossos corações

A noite se torna mais bonita
Quando se usa simples tinta
Entre goles e goles de bebidas
Um natural acalma nossas vidas

Andar na noite até a madrugada
Somos almas vivas ou penadas?
Sinto que realmente nada nos abala
Ah não ser um filho da puta de farda

Já curti, sou curtido, eu sempre sigo
Eu, amigos e os mais novos amigos
Esperança no mundo eu sempre sinto
Quando perco uma noite seguindo o instinto...



"Atilaht"



Quando o tempo já faz tempo
Nem se quer o esquecimento
Faz-me perder este sentimento
Puro e belo que sinto aqui dentro

Aqui fora eu nem me conto
Lá por dentro eu só te sonho
Faço versos e não me ponho
Esperando um calmo sono

Deito-me em quarto escuro
Incrível, mas eu vejo um muro
Atrapalhando o nosso mundo
Penso forte e finalmente o destruo

Quero o que tu tens por dentro
Quero o verdadeiro sentimento
O que Deus acha belo e verdadeiro
Amor sincero ta no verso que te escrevo...


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sonhando...



Sonho acordado o possível
O impossível é insensível
Um pensamento invisível
Que se torna um esquisito

Odeio o tempo do ritmo que crio
Mas é assim que chego a seu ouvido
Mesmo sem som, sua voz eu imagino
Amo-te e sempre aceitarei os desafios

Escrevo por escrever, isso eu sinto
Mas quando em você penso, perco o ritmo
Ajudai-me a sonhar com aquele paraíso
Aquele que imagino teu belo sorriso

Por de trás das ondas eu chego e sigo
E não espero que você venha comigo
Só quero tocar o mar, voar sem destino
Quando penso em você, simplesmente te sinto...

Felicidade, eu e você...



Felicidade na distancia
Perto se acende a chama
Sento-me em minha cama
Penso em ti bela moça branca

Branca como essas nuvens
Do nosso céu retiro atitudes
Penso em ti com plenitude
Amizade e amor se confundem

Leve minhas palavras ao vento
Abra tua janela e sinta o sentimento
Esse que te passo quando escrevo
Cada letra que escrevo é um desejo

Você e eu, conectados com Deus
Sentimentos meus também são os seus
Quero te dar o carinho de um ateu
Prometo que serei teu eterno apogeu...

domingo, 4 de dezembro de 2011

A bondade da malandragem e a Vergonha...



As partículas de vocês voam
Quando escrevo as letras soam
A tons mágicos elas te ecoam
Eu escrevo essa musica atoa

Quando falo do universo belo
Vejo terror em meus versos
Mas aos olhos de quem quero
Admiração eu nunca espero

Quero libertar meu ser, sincero
Escrever o que eu sinto certo
De a maneira errada tirar o concreto
Ser um completo mistério de credo

Nunca me julguei muito um esperto
Só uso a malandragem como objeto
Para a bondade ultrapassar esse teto
Eu faço rimas para alegrar ai perto...

Foi logo depois desse baseado, parei de estudar para escrever... 
E como ainda existe tanto preconceito... Me envergonha...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Excitação



Entre toques e desejos
Recrimino meu apego
Sedução em devaneios
Escrevendo em teus seios

Desejo de carne, pecado de alma
Eu confesso, o sexo me acalma
Sou verdadeiro, mas não sou puro
Eu sou meio termo, sou confuso

Falo o bem e pratico o mal?
Devoro-te sem pitadas de sal
Tua carne excita meu emocional
Um orgasmo com ritmo e astral

Falo muito, às vezes posso ser banal
Mas eu falo o que é para mim o real
O romantismo me excita, sou animal
Falo isso em rimas pra me achar normal...

Do lírico ao suburbano sou eu rimando
Sobre teu corpo planando, orgasmos chegando
Meus dez dedos das mãos com amor te tocando
Mesmo eu sendo um libertino totalmente insano...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Conexão...




Amor é algo vergonhoso?
E eu só julgo-me curioso
Sentimento que da gosto
Vejo o mundo harmonioso

Em quatro rimas eu sou louco
Pirado pelo sentimento desejo
Estagnado imaginando teu beijo
Abraço o vento, liberdade eu tenho

Vou amar o amor do mundo inteiro
Esqueço guerras quando em você penso
Medo do peso do amor verdadeiro
Não terá respostas se perguntar ao espelho

Feche os olhos, ore e saia deste pesadelo
Vamos ao paraíso, só vou se vier comigo
Escrevo ao vento, escrevo ao tempo
Flor de lis, eu falo assim, mas é verdadeiro

Eu te dedico esse breve pensamento
Para que possa sentir o mundo verdadeiro
O mundo que eu imagino nós dois dentro
Sem ódio, sem doenças e sem tormentos...