domingo, 15 de março de 2015

O amor matando o ódio...

Individuo andarilho, desde pequeno simplício,
hoje vinte e sete, atesto que a poesia é a peste,
comprando pão quando criança, o troco é de chiclete,
aprendi desde cedo o que é norte, sul, leste e oeste.

Vi idoso catando papelão, juntando latinha do chão,
vi mendigo pregando crença com um corote na mão,
vi o que o álcool em excesso faz com um bom irmão,
vi e vejo a sociedade perdida na verdade do sim e do não.

Senti a futilidade e escrevi sobre ela, me curei da sequela,
viajei pra sentir, e tive que sentir pra viajar o poder do rimar,
sofri quieto tentado a gritar, escrevi sem ter a noção do poetar,
sobre o luar, sobre o sereno, nascendo mais um dia interestelar.

Caminhando chutei latas nas ruas, verso sobre minha verdade nua,
sem pudor, mas com amor, são os versos de um andarilho sonhador,
a poesia caminha sem pernas como a minha mente voa sem pressa,
meu mundo, seu mundo, a diferença é que por aparência eu não me iludo...


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