sábado, 24 de dezembro de 2011

"SóMente"


O que me infesta é o que desinfeta
A alma suja de um ser que é poeta
Sou eu o rapaz que quer mudar o mundo?
Sou o inútil, o absurdo, um fraco imundo

Olho para meus olhos sem precisar de espelhos
Vejo um mundo imenso, cheio de tormentos
O desespero reflete nesse espelho, são meus olhos?
Eu nunca fui bom, mas serei bom a quem gosto

Os que eu não gosto sinto raiva, mas me importo
E isso quer dizer que sempre te darei meu colo
A força da força é o que me afronta, me soma
Eu faço, desfaço, refaço, chego e me amarro

Estou preso nos versos que estão parados
Na linha do tempo, só me movo quando há vento
Eu sinto a brisa e logo surgem os pensamentos
Escrevo, e te ofereço esse meu eterno berço...

Um comentário:

  1. Curto em seus poemas, além do jogo de palavras no título, o modo que você vai se ecpressando no decorrer do poema...um modo crítico a si mesmo, mas também ao mundo. Aquela coisa que na minha opinião fascina na poesia, usá-la para se libertar de amarras, opiniões caladas. Interessante isso!

    Abraços!
    Boa Noite e espero sua visita! =D

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