domingo, 4 de janeiro de 2015

Do quarteirão...



No meio da quadra na rua de casa, tinha um beco comprido
um beco sem saida, com criança brincando de noite e de dia,
de dia era poeira, de noite pique esconde perto do pé de conde,
a hora tinha cheiro e passava rapido como sombra de nuvem.

Bem de frente da rua de casa tinha um mato em vasto pasto,
pé de manga, goiaba, palmito, pé de cacto e até de tamarindo,
de criança era lotado, jovens adultos e velhos adultos chatos,
meu avô vendia raspadinha e chipa, e rapadura feita na bacia.

Fôrma antiga de aluminio e forma da fazenda de fogão a lenha,
tantas vezes que perdi a conta de quantas vezes varei balauestres,
balustre de ripa de madeira, quase da mesma do fogão de lenha,
da lembrança das manhãs de bolita e quebra torto na varandinha.

Todo dia quando abria os olhos, acordava sonhando, era tempo feliz,
tempo de giz branco e de cera, um pouco de faceta e imaginação alheia,
sozinho era rodeado de coisas, perto de fulano eu era só mais um sicrano,
enquanto beltrano ainda não tinha chego, até lá eu estava só, em aconchego...


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