sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Do tempo...

Do tempo, dele só absorvemos lembranças,
Do tempo de criança, no tempo de esperança,
Do tempo viajantes atentos, nos tornamos suspeitos,
Do tempo detento, prisioneiro em um aberto templo.

Do tempo, contemplo tudo que lamento com lagrimas,
Do tempo que o sereno eram simples partículas ao vento,
Do tempo de flora, que aflora a gloria da aurora do amanhecer,
Do tempo da maloca, malandragem, prazeres da roda de prosa.

Do tempo do pantanal, mangues, açudes, lagos e vários flamboyants,
Do tempo da poesia que nunca tive em mim, mas que vivia em volta,
Do tempo de roda, ciranda e cambalhotas, do tempo de balaios de mandioca,
Do tempo de piá, moleque pé sujo, profissional em correr e andar sobre muros.

Do tempo do preconceito, onde a liberdade da mente era o principal conceito,
Do tempo da preza, onde a amizade era a unica moeda,  do tempo de vielas,
Do tempo de becos e favelas, do tempo de barracos de lona preta e madeira,
Do tempo que passou, quase que o tempo me matou, vivi, vivo e vivendo eu vou... 

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