terça-feira, 5 de outubro de 2010

Balançando os pés na beira do rio, sentado em um barranco admirando as paisagens do pantanal, sou pantaneiro. Admiro a beleza e o mistério do por do sol revelando-se dentre os mangues, o som dos macacos em seus recantos sem pecados.
Afundo meus pés nas águas do barranco, sinto a argila gelada tocando meus pés.
Papel e caneta nas mãos, uma doze de cachaça ao lado que vou bicando aos poucos;
sentindo a brisa gelada do rio, poetando ao por do sol,  admirando as paisagens do meu pantanal. Criando sonhos grandes; “a tristeza passa longe”.
Escrevi vários rascunhos em forma de garranchos, minha letra não importa, e sim o sentimento com que as escrevi. Formei meu universo em formas de letras, letras que as juntei e tornaram frases, e que podem se tornar o que você quiser se puder sonhar.
Histórias de amor são tão fáceis de criar, o difícil é você sentir e desejar; “verdadeiramente amar o que se faz”.
Na calada da noite é onde o poema se torna real, onde estrelas cadentes realizam desejos, poemas criam pernas, respiram sentimentos.
Sou apenas um solitário a beira do rio embriagando linhas de sentimentos, e lá se vai meu litro de destilado curtido em fruta de guavira, ouvindo o cantar da coruja solitária que nem se da conta que me faz companhia. Nunca estarei sozinho enquanto ficar onde devo ficar, enquanto meu pantanal estiver ao meu lado me inspirando, estarei feliz da vida respirando o ar puro dos mangues, sonhando e criando sentimentos de felicidade em textos, contextos, poemas contemporâneos.
Não sou homem estudado, nem tenho mestrado em qualquer área que envolva escrita e literatura, mas aposto com qualquer um, que sou um dos seres que mais sentimentos conseguem manter dentro da mente, só de escrever isto me arrepio, e não é de frio;
“é de sentimento puro, obsceno, realístico e cheio de desejo”.
Que o amor e respeito que tenho pela poesia, leve esses pensamentos e que façam todos que não tenham capacidade de sentir e compreender o amor pela vida, sentir o forte desejo de amor, felicidade e maresia da poesia, que a brisa do meu pantanal me conforte se não me retornarem nenhum obrigado pela minha apologia...

Um comentário:

  1. Rapaiz... Ao lê-lo imagino-o sendo estudado em escolas... O brilhante pantaneiro. O admiro. As palavras que gotejam de seus dedos para meus olhos me deixam extasiada. O brilho delas me cega; Enxuga as lágrimas... E me deixa em paz!!!
    Te sigo brother, e não ao contrário!

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