Da porta eu vejo a horta que
nasci, lá tem ervas,
ervas que Deus plantou e que Maria
colheu pro ateu.
Viagem lenta, de a pé,
cantorias de cirandinhas,
a criança brinca, chuta
latinha, vida triste e divertida.
Realidades enrustidas,
enganadas por nossas mentes,
escolha suas sementes,
plante-as e seja sorridente.
O molambo disse que é ser
humano, ouçam os planos,
Leitura, poesia, revolução
por todo canto, sem santos.
Cerveja em tempo quente, a
mente esfria, mas tonteia,
desequilibra e organiza a
livraria, reforma da alma viva.
Ah nostalgia, natureza
vaporizada no céu da boca, solta,
a mente voa, os olhos vibram
e os versos lá fora ecoam.
Sem batida, o barulho é
mental, harmonia não natural,
bolinhas de gude, golzinho de
chinelo, moleque esperto,
agora que crescemos temos
medo de ficar pobres e velhos,
eu fico quieto, serio, dou
risada com os dentes do meu cérebro...
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