Saia
mocado pra calar o certo e cantar o errado,
de
noite é claro para os que estão acostumados.
Por
isso o brilho dos teus olhos tem significado,
no
canto tem uma santa que me deixa acordado.
Não
sei se é pecado, vou honrando velhos calos,
construindo
neurônios aloprados em duros cascos.
Sistema
comprado, pé cortado e cansado, cactos,
resistente
á separação das pétalas de nossas mentes.
Lá
vem o vêm o fuxico, conversinhas de amigos,
pichações
em muros vizinhos, frases de hinos.
Católicos,
evangélicos, ateus, eu? Cada um com o seu,
na
esquina apogeu, camiseta de político, catando alumínio.
Reforma
do ninho, novos passarinhos, voam para o infinito,
não
estamos sozinhos, o concerto da vida é tão desconsertado.
Rápido
como rato, no esgoto esquecido, mas nunca parado,
movimento
coordenado, salto, pois estou solto, não preocupado...
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