sábado, 18 de setembro de 2010

O tempo não para... a infância passa... mas não se apaga!

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     




Obs: (essa não tem matos em volta). ^^


Pedra, papel ou tesoura?  Brincando de jogar com a vida sempre eu vivia. Correndo descalço sem medo de cortar os pés, adorava sentir a areia gelada na sombra de um pé de laranjeira. Limões e palitos de fósforos viravam “bois”, com um pouco de água e areia, e também a ajuda de um dos pés, criávamos casas, apenas com a imaginação éramos donos de belas fazendas. Começou a chuva... Enquanto os outros se escondiam, nós chutávamos água do meio fio. Tremendo os lábios de frio, sem se importar se é a primeira chuva do ano, se ela realmente faz mal ou não. Sempre brincando, sempre privilegiando a imaginação, correndo descalço sem medo do barulho do trovão, sem camisa; “somente de cueca e um simples calção”. Sem ter nenhuma noção se a gripe virá no outro dia, mãe e tia nos gritavam de nossa casa perto da esquina. A chuva acabou; risos e mais risos, adeus solidão. Apreciando o arco íris, esperando minha mãe me chamar novamente á atenção. Eu acostumado, continuei ali parado esperando o sermão. Não só de sangue cresci, crie raiz de amor e paixão e cultivei a amizade de grandes irmãos, isso me gerou vários dias sem solidão, deitado em minha rede comendo “pitomba” (lembro do gosto só de pensar). Chamaram-me para fazer bolinhas de seringueira, como adorava descansar naquelas árvores. Uma simples garrafa de plástico (pet) com 2 litros D’água nem tão gelada, cuia de chifre de boi, erva e a indispensável bomba me saciava a sede. O calor distorcia o sol se pondo em minha frente, foi ali naquele exato lugar “árvores que sempre amarei” onde tive tempo para criar sonhos em minha mente e decifrar um pouco do mundo onde me sentia inteligente, "um menino homem experiente”, sorridente, sem ligar para os pés sujos de areia vermelha, camiseta manchada de poupa de mangarita (melhor manga em minha opinião), nem os fiapos da mesma entre os dentes me incomodava, e também não me incomodava o outro sermão que ia ouvir quando chegasse em casa sujo de manga, sujo de areia, mas sorrindo por ter lembrado que esqueci o chinelo no meio do mato que era cercado ao pé das centenárias seringueiras, lembro-me como se fosse ainda hoje esse anoitecer, as chineladas que tomei, sorria de cantinho de rosto para minha mãe não ver, e graças a Deus (risos) no outro dia meu chinelo eu encontrei...

2 comentários:

  1. ah muleque... aprende rápido!!! :D
    Meu, tá mais a sua cara agora... visual maneiro, sóbrio. Texto melhores posicionados... E que texto é esse? De fato Deus te olha "com um cantinho de rosto"... Eu costumo dizer, que se somos filhos de Deus, herdamos muito de suas características. Nós que escrevemos, "criamos" como ele. Parabéns, está caminhando rapidamente!!! Hehehe. Conta comigo brother!

    ResponderExcluir
  2. sabia que podia conta pajux... vou sempre contar contigo... falei que precisava de ajuda ^^ e de ver os seus também... de conversar com quem escreve também

    ResponderExcluir

Diga com coração e sinceridade o que achou! :)